quinta-feira, 16 de maio de 2024

Transtorno Do Espectro Autista - TEA

 

Transtorno Do Espectro Autista - TEA


    Hoje, a criança com Transtorno do Espectro Autista está inclusa em “Transtornos Globais do Desenvolvimento ou TGD”. A criança autista é vista com 15 dificuldades de se comunicar e se relacionar com o outro, possui déficits de linguagem, alterações de comportamento e movimentos repetitivos.

    Segundo Carneiro (2015, p. 7397), “em 1981, a Dra. Lorna Wing, estabeleceu a análise das três principais carências autísticas, a ” Tríade de Wing”, as quais estão na área da imaginação, socialização e comunicação”.

  • Socialização: a dificuldade de se comunicar através de gestos e expressões faciais e corporais; dificuldade de fazer amizades, quase não expressa seus sentimentos e não percebe os sentimentos alheios.

  • Comunicação: dificuldade para falar, maior dificuldade ainda em manter uma conversa, uso repetitivo de linguagem estereotipada como frases de propagandas, filmes, novelas, programas de televisão, músicas. Não consegue brincar de imitação, tipo papai, mamãe, professora.

  • Comportamento: focalizado e repetitivo, preocupação constante em não misturar alimentos no prato, não ingerir alimentos com determinadas texturas, seguir rituais para as tarefas, ter “manias” ou focar em um único assunto de interesse, agitar ou torcer as mãos, bater a mão uma na outra, olhar fixamente para as mãos, manipular sempre o mesmo objeto, fixação em partes de um objeto como a roda de um carrinho, ou hélice de ventilador .





As principais características de pessoas com TEA, segundo os autores Teixeira (2013), Pastorello (2007), Perissinoto (2003) e Goldberg (2005):

Interação social - incompreensão de piadas, ironias, não imitam, não brincam de “faz de conta”, dificuldade de participar de grupos.

Linguagem e Comunicação – Ecolalia.

Inversão pronominal.

Rigidez de significados

Linguagem idiossincrática.


Teixeira (2013), afirma que com a atenção dos pais, familiares e cuidadores é possível observar nos bebês, as seguintes características de autismo:


Mostram pouco interesse na voz humana;

Não fazem contato visual;

São indiferentes ao afeto;

Não têm postura antecipatória (como colocando seus braços à frente para serem levantados pelos pais);

Mostram bom desempenho inicial com regressão subsequente;

Não apresentam expressão facial.

O Aiello é um jogo lúdico que tem como protagonista um simpático esquilo, que ajuda as crianças a ligar nomes a imagens de objetos, com o objetivo de ampliar seu vocabulário. Ressaltando que o programa foi testado em três crianças e determinou um resultado significante no vocabulário com cerca de 94% de novas palavras. Palavras referentes a alimentos, higiene, roupas, animais, músicas, mobiliário, eletrônicos, meios de transporte e outros.

https://www.megajogos.com.br/scala-40-online/regras

Jogos Para Autismo - AutiSpark



sábado, 30 de março de 2024

APRENDIZAGEM DE ESTUDANTE COM TEA

 


Aprendizagem de estudantes com TEA

O trabalho pedagógico precisa ser pensado e elaborado pelo viés de uma prática reflexiva, na qual o professor e professora estejam sempre prontos para ouvir seus semelhantes, avaliando suas práticas, continuamente, em favor de uma preparação eficaz, a qual possa promover um ensino de qualidade aos seus estudantes, independentemente de suas condições especiais educativas.

A priori na reflexão sobre as atitudes que devem ser tomadas frente a chegada do estudante com TEA na escola, faz-se necessário a análise investigativa e criteriosa, o estudante com TEA precisa ser olhado e atendido em suas especificidades, levando em consideração toda a sua conjectura de mundo, ou seja, seu contexto familiar, até o momento em que foi introduzido na vivência educativa.


Sugestão:

Assista o filme

  • Meu nome é Khan (My name is Khan), dirigido por Karan Joharé (2010). O filme instiga uma reflexão sobre os desafios e singularidades da e na vida do indivíduo com TEA.

    https://youtu.be/qYjPxdLIuk0






A partir dos diálogos propostos com a família do estudante e a equipe pedagógica têm-se materiais suficientes para elaborar um plano de intervenção pedagógica, o qual deve primar para o atendimento especializado do específico estudante, buscando aplicar atividades que são do seu interesse, por exemplo, muitas crianças autistas amam montar quebra-cabeças, sentem-se motivadas, desafiadas e adoram ficar sozinhas, inteiramente, naqueles momentos de interação consigo mesmas. Fato este que é muito interessante de ser observado, pois podemos observar como são inteligentes e/ou capazes desde a mais tenra infância.


Elencaremos algumas características vigentes segundo as leituras realizadas frente os estudos contemporâneos, a fim de que fique mais compreensível para o estudo:

 Os estudantes com TEA são prisioneiros dos mesmos hábitos;

 Possuem rotinas rígidas;  Atrasos na fala;  Não demonstram afetividade;  Levantam e andam na ponta dos pés;  Agitam as mãos no ar;  Propensos ao isolamento social;  Dificuldade na atribuição de estados mentais aos outros e a si mesmo;  Dificuldade na aquisição de conceitos como crer, pensar, fazer de conta;  Dificuldade em controlar os próprios processos de ação, atenção e pensamento;  Déficit nas funções executivas;  Apresentam agressividade;  Evitam o contato visual com as pessoas;  Comportamento social impróprio;  Autopercepção ou percepção do que o outro pensa, inadequadas;  Preferência por objetos;  Hiperatividade motora;  Ansiedade e/ou depressão;  Alterações de conduta;  Não manifestam emoções;  Não reconhecem as rotinas de controle social;  Uso de jargões;  Ecolalia;  Falta de reciprocidade;  Não entendem linguagem figurada;  Distúrbio de sensibilidade (uns sentem muito, dores por exemplo, e outros não).

TIPOS DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS EM GERAL

 

Tipos de Necessidades Educacionais Especiais Em geral as Necessidades Educacionais Especiais são classificadas em quatro tipos, as quais subdividem-se em:



Dificuldade de Aprendizagem: engloba dificuldades relacionadas ao indivíduo que aprende, mas principalmente ao ambiente físico no qual o aprendizado acontece, ao método de ensino, professor, conteúdos específicos, contexto escolar e cultural, é, portanto, um processo que parte do meio para o indivíduo, manifestando-se mais como uma inadequação. Entre os exemplos encontramos: sensoriais; cognição; afetivos emocionais; inadequação pedagógica; atraso na linguagem; diferenças culturais; fatores ambientais; Dislexia; não verbais; e mesmo altas capacidades;


Distúrbio: grupo de dificuldades pontuais e específicas que partem do indivíduo, caracterizadas pela existência de uma disfunção neurológica em funções corticais específicas. Distúrbios da memória; Disfunções executivas; Distúrbios viso espaciais; Afasias; Agnosia; Aprazia;


Deficiência: Limitação, em geral permanente, nas capacidades físicas, sensoriais ou mentais de um indivíduo, derivadas de má formação ou acidente;


Deficiência mental: Mais frequentemente confundidas com os distúrbios, caracterizam-se pelo funcionamento abaixo da média. Também, limitações em duas ou mais áreas da intelectual capacidade do indivíduo em responder às demandas e necessidade de adaptação;


Transtornos Globais do Desenvolvimento: Quando dois ou mais aspectos são afetados ou apresentam sintomas de distúrbios, começamos a pensar em condições mais globais que afetam o desenvolvimento humano.



sábado, 3 de fevereiro de 2024

Peso das Mochilas podem atrapalhar o desenvolvimento da criança

 

Peso das Mochilas podem atrapalhar o desenvolvimento da criança


Com a volta às aulas, muitas crianças se queixam de dor pelo uso inadequado da mochila. Esse desconforto não se restringe apenas a coluna, mas também aos ombros. O mau uso da mochila e a sobrecarga de peso podem resultar em lesões na musculatura e articulações, podendo desenvolver doenças crônicas;






A criança está no período de maturidade esquelética e os ossos se formando. Então, é preciso tomar cuidado com a distribuição desse peso, pois pode acarretar problemas na coluna, nos ombros e até no equilíbrio da criança”, explica o médico ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo e sócio da Clínica LARC, Layron Alves.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mochila de uma criança em idade pré-escolar, não pode passar de 5% do peso corporal. Já as que estão em idade escolar, o peso não pode ultrapassar 10%.

Não usar a mochila de um lado só

O uso de mochilas de um lado só não é recomendado, pois você acaba pesando para um único lado do corpo. Existe ainda o movimento de badalo da mochila, e isso pode atrapalhar o centro de gravidade da criança. Dê preferência para as mochilas de alça dupla e que fiquem o mais próximo do tronco possível. Algumas crianças usam a mochila com as alças bem compridas, e o corpo acaba se curvando mais para trás”, destaca o ortopedista.

Escolha do material escolar

Outra dica é em relação à escolha do material escolar. O caderno, por exemplo, de capa dura pesa mais do que o de capa flexível. Outra forma de ajudar a diminuir o peso da mochila, é separar os cadernos para cada matéria, assim a criança só levará para a escola o material correspondente a atividade do dia.



domingo, 14 de janeiro de 2024

PARENTALIDADE: FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE

 Parentalidade: formação da personalidade

A criança precisa cair, precisa ralar os joelhos porque a vida também causa dores, a realidade dói em vários momentos, mas toda dor passa e no dia seguinte ao machucado, surge uma casquinha, o corpo reage ao ferimento. Essa experiência é a melhor via de aprendizado da criança e tirar isso dela por meio da superproteção, tende a causar sérios problemas em sua leitura de mundo.

Ser coerente nos cuidados não é negligência, falando das quedas normais, que causam aqueles arranhões ou pequenos ferimentos. Por favor, pais, não façam desses pequenos machucados o fim do mundo, acolham essas experiências como algo normal, cuidem no que for necessário, sem exageros e deixem a criança sentir a dor do momento, percebendo tudo que a criança aprende sobre enfrentar dores, sobre saber que essa dor passa e que o corpo, assim como as emoções, funciona e se regenera.

As crianças da chamada geração “Y”, nascidas após os anos de 1980, que foram de modo geral muito protegidas e foram vítimas do excesso de escolarização, são hoje em grande parte adultos narcisistas com grande dificuldade de lidar com frustrações e conflitos, a responsabilidade dos pais é, portanto, muito grande. O cérebro se nutre de nossas leituras da realidade do mundo que se apresenta. Portanto, é muito importante oferecer às crianças o melhor. Entretanto, o melhor não é oferecer tudo, mas ter o que é necessário e indispensável. 



As crianças absorvem tudo que está ao seu redor, a nossa comunicação não verbal é muito maior do que qualquer outra, ou seja, o que fazemos é mais expressivo do que aquilo que falamos, é isso que fica mais evidente para as crianças. Quando nos conhecemos melhor, conseguimos respeitar as diferenças que existem entre nós, inclusive nos colocar no lugar da criança, gerando empatia e conexão, respeitando sua individualidade, percebendo suas necessidades e reconhecendo sua personalidade.

É muito importante frisar, não faça com que os seus filhos reproduzam o que você faz ou que acredita ser melhor, seja você alguém autêntico, responsável, verdadeiro e aberto ao diálogo, que com certeza os seus filhos serão capazes de reconhecer esses elementos e absorver o melhor deles, para criar a sua própria identidade.

Nada mais humano que a nossa capacidade de nos comunicar, nosso sistema de comunicação é complexo e diversos e os adultos têm um papel fundamental na formação das crianças para a comunicação. No caso dos pais, as palavras precisam sair do interior e não somente da garganta, quer dizer que as palavras precisam encontrar eco nas atitudes. Como vimos, milhares de conexões neurais realizadas no cérebro da criança capacita aprender com tudo que acontece ao seu redor e as palavras que os pais dirigem às crianças são a menor parte desse aprendizado, o exemplo e os hábitos assumidos são muito mais impactantes do que os ensinamentos das palavras.

Lembra quando talvez ouviu várias vezes seus pais dizerem; “ei, não chore, quem manda aqui sou eu”, “porque você não aprende isso?”. Essas frases carregam informações que poderão ser repetidas a vida inteira, tornando a criança um adulto insensível, sem autonomia e com dificuldades de aprendizagem, gerando imaturidades difíceis de resolver quando adultos. Lembre-se de que os pais sempre serão referências na vida adulta, sendo uma ótima ideia ser uma referência positiva. Quando falar com a criança, lembre-se de falar com o coração, não canse de explicar as coisas, pois são as crianças que estão aprendendo, jamais esqueça que é uma criança que não sabe ser responsável, que ainda não aprendeu a lidar com seus sentimentos e emoções, agindo com birras, gritos e choro.


quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A PARENTALIDADE E SEUS SIGNIFICADOS

A PARENTALIDADE E SEUS SIGNIFICADOS 

A parentalidade não engloba só o cuidado e o contato, a relação com os filhos vivenciada no momento presente, mas também toda aquela bagagem que os pais trazem desde a infância, medos, angústias, experiências parentais de cada um, o contato, o convívio que tiveram ou não com os pais ou com as mães, é como se todos os fantasmas ou todos os ícones da infância viessem juntos atuar nesse exercício do presente. O pai ou a mãe que você é hoje traz toda essa bagagem que você vivenciou na infância, enfim, você vem com a bagagem completa para exercer essa função paterna ou materna ou, mesmo, parental.





A criança tem no pai e na mãe as principais referências para toda a vida, não tem jeito. Essa relação “pais e filhos” permeará toda a relação da criança com o mundo, será referência primária e muitas vezes, a mais importante referência de relacionamento com outras pessoas, que desenhará a sua personalidade e sua leitura de mundo. Isso quer dizer que a criança absorve da convivência com os pais e/ou responsáveis um jeito de estar no mundo, claro que isso é muito complexo, não é apenas a relação dos pais com os filhos, mas como cada criança é um ser único, ela própria fará a leitura e as interpretações únicas das suas experiências. Tudo, exatamente tudo que a criança vive com os seus pais influenciará na sua personalidade, mas isso vai se dar a partir dela e da sua estrutura, a forma como o pai e a mãe interagem poderá forçar alguns elementos ou direcionar algumas leituras, por isso é muito importante ser autêntico, verdadeiro, transparente e responsável com a criança, principalmente no campo emocional.

Na primeira infância, são essas conexões que suportam nossa base comportamental, não existem memórias conscientes das nossas primeiras experiências, mas cada uma delas está registrada com conexões neurais que nunca mais se perdem, tamanha a força que exercem em nossa identidade. O  carinho que recebemos ou a falta dele, a presença do pai ou a sua ausência, o contato com os irmãos ou fato de não ter tido contato com outras crianças, ausência de recursos materiais ou a sua abundância, os pais que se relacionam muito bem ou aqueles que vivem brigando. Todas essas experiências formam a base comportamental e também o desenho que temos do mundo. O cérebro de um adulto pode fazer dezenas de bilhões de ligações entre seus neurônios, enquanto o cérebro de uma criança tem centenas de vezes mais conexões que a Internet global inteira. São mais de trilhões de conexões neurais todos os dias que são realizadas no cérebro de uma criança. Isso quer dizer que basta estarem em uma relação com o mundo para criarem uma multiplicação de conexões neurais.

Uma criança que ouve muitas vezes que é capaz, vai crescer acreditando que é capaz e, assim, será na prática. É como se os pais entregassem óculos para os seus filhos e será com esses óculos que a criança enxergará o mundo. Por isso, permita que as crianças cometam erros e aprendam com eles, deixe as crianças caírem, machucarem-se, sentirem dor e chorarem, incentive que elas se levantem e sigam em frente, quando possível. É entregar para elas o maior presente que é a autonomia e a liberdade, que são chaves libertadoras para conexões duradouras e memórias poderosas que terão a força de movimentar o adulto que ela vai ser, para novas conquistas e melhores condições de enfrentar os desafios da vida

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

O papel da escola frente a uma criança de desenvolvimento atípico não pode ser passivo:

 O papel da escola frente a uma criança de desenvolvimento atípico não pode ser passivo:

    Essa questão é de extrema importância porque a abordagem bem feita irá resultar em encaminhamentos bem feitos. O papel da escola frente a uma criança de desenvolvimento atípico não pode ser passivo: não é admissível que a escola creia que sua função é apenas receber e permanecer com o aluno na escola: a inclusão começa quando se considera, de fato, as reais necessidades e particularidades do sujeito aprendente.

    A indicação para investigação e de suma importância. Pois estará dando apoio ao aluno na aprendizagem e dar suporte ao professor promovendo formação continuada, trabalhar com as famílias e ser participativo na vida da escola e dos acadêmicos em momentos como os de conselho de classe.

É como nos indica Silva (2015), no ambiente escolar, o encaminhamento para o especialista  neuropsicopedagogo poderá realizar muitas atividades importantes, como: 

➢ Fornecer ajuda aos professores na elaboração de planos de aula que objetivem um melhor atendimento aos alunos;

 ➢ Auxiliar na construção do projeto pedagógico institucional, orientando principalmente as práticas inclusivas; 

➢ Orientar especificamente os professores que tenham maior dificuldade ou dúvidas na adequação ou adaptação curricular para algum caso em específico;

 ➢ Realizar o diagnóstico institucional, que visa a minimizar os problemas pedagógicos que prejudiquem o processo de aprendizagem dos alunos;

 ➢ Encaminhar o aluno com dificuldade para um profissional específico: psicólogo, fonoaudiólogo, neuropediatra etc.; 

➢ Fazer a correta orientação aos pais, deixando-os sempre a par dos encaminhamentos da escola;

 ➢ Ser auxílio necessário na resolução de conflitos de relacionamento escolar etc 

A escola precisa estar aberta à família, assim como a família também precisa estar aberta às solicitações e apontamentos da escola. Nem sempre é fácil, como família, receber indicações de transtornos de aprendizagem ou mesmo solicitações e encaminhamentos para a avaliação da criança, é preciso ser resiliente, acreditar em sua criança e no processo pelo qual passará até que aprenda de maneira significativa. É preciso ter em mente que toda criança é capaz de aprender, só é preciso encontrar a maneira correta de ensinar.



Transtorno Do Espectro Autista - TEA

  Transtorno Do Espectro Autista - TEA Hoje, a criança com Transtorno do Espectro Autista está inclusa em “Transtornos Globais do...